segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

MARILYN MONROE by Marco Angeli


Perdi a conta, nesses anos todos, de quantas vezes desenhei Marilyn Monroe.
Ela foi sem dúvida o ícone de todas as pin ups, o sonho de uma geração e o modelo
de beleza de toda uma década. Ou mais. Uma musa.
Mas, para além do mito, Marilyn, enquanto Norma Jeane, foi para mim e muitos, 
o ícone da angústia, da depressão e do preço -verdadeiro- do sucesso.
Da perda da inocência de toda uma geração.
Inocência que não voltaria mais.
.....................................................................

Marilyn sofreu, durante toda a vida, o estigma 
de ser um símbolo sexual. Na infância e adolescência, sofreu
assédio sexual diversas vezes, e por mais que tenha lutado para mudar
essa imagem, estudando no Actor's Studio, por exemplo, nunca conseguiu.
Numa de suas últimas entrevistas, pediu à repórter que incuísse 
uma declaração sua:
'O que eu realmente quero dizer é que o mundo realmente precisa é 
de um verdadeiro sentimento com o próximo.
 Todos, como: estrelas, operários, negros, judeus, árabes. 
Somos todos irmãos. 
Por favor, não faça piada, termine a minha entrevista com o que eu acredito."
A repórter não atendeu o pedido, e a declaração de Marilyn
jamais foi publicada.

Em 1960, Marilyn foi a musa da campanha do perfume Channel número 5.
É o retrato que desenhei aqui.

Marilyn Monroe e Chanel número 5, arte de Marco Angeli