segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

PALACETE SANTA HELENA, SÃO PAULO




                                                                              
O palacete Santa Helena

Por volta de 1930, Francisco Rebolo e Mario Zanini tinham seus
ateliês na Praça da Sé, num edifício chamado de 'palacete Santa Helena.'
O edifício era um marco da arquitetura do início do século XX e alí,...
nesses estudios, se reuniam grandes artistas da época, como Volpi, Penacchi, Aldo Bonadei,
Humberto Rosa, Manuel Martins, Alfredo Rizzotti...
Eram todos de origem humilde, e para sobreviver exerciam atividades artesanais ou operárias.
Volpi era pintor de paredes, Clóvis Graciano era ferroviário, Fulvio Penacchi era dono de açougue, Rizzotti era mecânico , Rebolo era jogador de futebol e Rosa e Penacchi também 
davam aulas de desenho.
Alí se formou o grupo Santa Helena, sem maiores pretensões ou compromissos conceituais, mas que se tornaria um dos mais importantes movimentos da arte brasileira do século XX.
O grupo Santa Helena - básicamente composto de proletários- era irônicamente mantido à distância pelos grupos de arte mantidos pela elite e intelectuais de São Paulo, como o CAM (Clube dos Artistas Modernos), que englobava os participantes da Semana de 22.
O preconceito era enorme e talvez justifique a união do grupo, como reação.
Essa união perdurou por muitos anos, sendo constantemente criticada, mas seu trabalho atraía mais e mais adeptos e se tornava cada vez mais conhecido.
Finalmente, sabe-se hoje que, apesar de tudo, o Grupo Santa Helena foi o revelador de muitos dos mais importantes artistas plásticos brasileiros do século XX.
O edifício, infelizmente, foi demolido em 1971, para a construção do Metro da Sé.
Como artista fico feliz em poder resgatar, modestamente, a memória desse pequeno espaço em São Paulo, que abrigou tantos grandes nomes.
Marco Angeli, janeiro de 2014

CUBA BEFORE FIDEL


Havana, Cuba, c.1955, sketch
Marco Angeli, 2017


Detalhe

CUBA BEFORE FIDEL



Havana, Cuba, c. 1955, sketch
Marco Angeli, 2107


Detalhe

Alguns dados sobre Cuba antes de Fidel (1959), do Anuário Estatístico das Nações Unidas,
 do Departamento de Estado dos EUA, do Departamento de Assuntos
 Interamericanos dos EUA, dos Arquivos dos Ministérios de Educação 
e do Trabalho de Cuba e da Organização Internacional da Saúde:

* O índice de mortalidade infantil era o menor da América Latina, e o décimo terceiro 
mais baixo do mundo.
* Cuba tinha um sistema educacional excelente e um impressionante índice de 
alfabetização nos anos 1950/53. 76% da população era alfabetizada. Em comparação, 
o Brasil tinha uma taxa de 49%.
Era o governo que mais investia em Educação na América Latina, 
com 23% do orçamento.
* Cuba pré-Castro era a terceira colocada em consumo de comida per capita. 
Eram 2.730 calorias per capita. No Brasil, 2.547.
Um escravo em 1842 consumia mais alimentos diários do que que um cubano 
no sistema de racionamento de Fidel.
* Em 1957, Cuba era o primeiro país da América Latina e o quinto do mundo 
em televisões per capita, atrás somente do Canadá, EUA, Mônaco e Reino Unido.
Era o segundo país em número de carros da América Latina, atrás da Venezuela.
* Em 1958, Cuba tinha a menor inflação do Ocidente: 1,4% ao ano.
Os EUA tinham 2,73%. O peso cubano equivalia ao dólar.
* Em 1957, Cuba tinha mais estações de TV do que qualquer
 outro país da América Latina (23).
 Liderava a América Latina no número de estações de rádio (160), e estava em 
oitavo lugar do mundo, na frente de países como Áustria, Reino Unido e França.
* Na era pré Castro, Cuba tinha uma força de trabalho de 2.204.000 pessoas.
O desemprego era de 7,07%, o menor da América Latina.
* Antes de Castro, Cuba recebeu mais imigrantes per capita do que qualquer
 outro país ocidental, inclusive os EUA. De 1903 a 1957, o país recebeu
um milhão de imigrantes espanhóis e mais de 75 mil norte americanos.
* Racismo: o regime de Fidel foi o que encarcerou um negro por mais tempo no século XX: 
Eusebio Peñalver ficou preso e sendo torturado por sua luta contra
 o comunismo durante 30 anos.
* Na Cuba de Castro 85% da população carcerária é de negros, e apenas 0,8% dos
 cargos do governo são ocupados por negros.
* O país tinha 10 mil prostitutas em 1958, hoje são 150 mil.

Fonte e mais informações:

Donald Trump Inauguration Day


Donald Trump, portrait, sketch
Marco Angeli, 20 jan, 2017


Inauguration day
Se perguntarmos a qualquer um que tenha inteligência apenas mediana qual é,
segundo ele, o pior erro que Trump cometeu em seu primeiro ano de governo,
ele fatalmente responderá que não poderia saber, já que ele nem iniciou seu governo.
Pois é.
Trump inicia hoje seu governo....
Neste momento, seria interessante deixarmos a intolerância de lado e nos 

atermos ao que realmente interessa.
E esperar que ele faça um bom governo. É disso que o mundo e a sociedade ocidental 

esperam do homem que vai governar a nação mais poderosa do planeta.
Quando Obama foi eleito, dezenas de artistas em todo o mundo o retrataram.
Aqui vai, portanto, um estudo de meu retrato de Trump. Um registro.
Todas as críticas feitas a Trump que ouvi -e assisti a todos os debates- me pareceram
apenas reações emocionais (algumas péssimas), na falta de algo mais consistente para
 acusá-lo por parte de quem o detesta.
Ora era louco, ora psicopata, ora um depravado por beliscar bunda de modelo em videos
de mais de uma década atrás.
Incrívelmente, essas 'acusações' foram feitas principalmente por quem se esquecia,
'bondosa' e convenientemente, de que Bill Clinton, o almofadinha polticamente correto,
fazia uma estagiária, Monica Lewinski, cantar o hino nacional (e outras coisitas más)
no seu microfone em pleno salão oval da Casa Branca,
em pleno exercício da presidência dos EUA e em pleno exercício de suas obrigações
 conjugais para com a esposa, Hillary.
Quem é maluco, afinal?
Isso foi esquecido inclusive por ela própria.
Enfim, Trump é presidente, hoje, dos EUA.
Que faça um grande governo.
Donald Trump, retrato, estudo
Marco Angeli, 2017